BRASIL E OS FRUTOS DE UM ESTRELISMO MIDIÁTICO.

Mais uma vez os jogadores do Brasil viram manchete, e se destacam na mídia! Ora, nada mal aparecer e ser comentado! Conheço vários amigos que foram pai cedo, antes dos vinte e que compartilharam muito de puxões de orelha, que não era a hora, que se fez uma besteira, enfim, era um peso para esses, a futura função de ser pai. Já no mundo do futebol, as coisas são um pouco diferente, vejamos à Neymar, um adolescente comum, um grande jogador de futebol, mas que virou sob construção da mídia um astro de hollywood, assim como vários outros. Ouve-se:_ Ele vai ser um pai maravilhoso, ele está bem, vai ser tranquilo!

É muito emocionante vê garotos que nasceram para jogar bola, mas tão intenso quanto, estretanto de forma negativa, é a forma com que os jornais, a tv suscita a valia dessas pessoas à sociedade. Como Zé Ramalho já comentou em suas músicas, há uma massa que constrói prédios, os fazendo bem feitos, mas que nunca morará em tal refúgio de luxo, e o mesmo assim concluem de forma satisfatória. Como em toda profissão, todos têm o direito de um dia realizar-lhe bem e outro, mal, o fato é que um estrelismo sem precedentes continua crescendo concernente aos jogadores, principalmente os mais novos, que são exemplo para crianças, mas cadê o sonho de ser policial, de ser juiz, de ser Professor?

Temos de estar mais conscientes de que o futebol essencialmente existe para nos dar alegria e que os principais personagens dessas estórias são de carne e osso, como nós, e que os mesmos precisam levar mais à sério o Brasil e a sociedade, não permitindo em início de carreira, que um jogador, como deflagrou um do Santos Futebol Clube, a um torcedor, que o salário do tal, era o valor que gastava mensalmente com a comida de seu cachorro. Isso representa um sinal da confiança exacerbada detida por jogadores, que sabem que apesar de declarações como esta , terão muitos que irão idolatrá-los, apresentando vista grossa aos fatos, ou justificando como se todos podem errar desta forma, apagando-se facilmente com uma borracha da fama rapidamente.

Dando sentido conclusivo à essa crítica, espero que aqueles que bateram os pênaltis, sofram ao menos um desconto, pois analogamente é como se fossem pedreiros que nós contratássemos e perdessem um traço de massa, por terem adicionado muita água, e consequetemente punidos com um desconto, afinal são tarefas com responsabilidades, ou não?

Com o bordão do meu querido Datena, acabo pedindo mais reflexão por parte da população que supervaloriza, o participar de torcidas organizadas, o incorporar de estilos de jogadores, pois cada ser tem o seu , vamos ser mais originais, me ajuda aí!

Brasil: Uma Fábrica de Absurdos.

BRASIL: O PAÍS QUE CRESCE ECONOMICAMENTE E DESEJA

UMA SOCIEDADE MAIS FELIZ, SE DESTACA PELA PRODUÇÃO DE ABSURDOS!

Se não é pra rir, para quê publicam? Não é a toa que as coisas andam perdendo o sentido no cotidiano das pessoas, dos brasileiros, particularmente falando. Graduados, Pós Graduados, Mestres e Doutores, se sentiram ao menos curiosos por não terem sido chamados ao longo de suas carreiras para tomar um cafezinho na Academia Brasileira de Letras. De forma impessoal, é de grande valia para uma torcida ter um craque de futebol como Ronaldinho gaúcho jogando no seu time, porém é tão importante quanto, grandes professores, literários, cientistas, autodidatas, serem homenageados com tal entusiamo numa instituição como a ABL.

É verdade que um gol muito bonito traz uma alegria estupenda, às vezes até choramos , contudo nos perguntemos se a atitude do sargento Alves (PM -RJ), que impediu a contagem de mais vítimas fatais no massacre de Realengo, caso fosse reconhecida com homenagem na Academia Brasileira de Letras, o povo acharia mais justo? Claro que sim! O Sargento Alves transpirou coragem, sentimentos em rede nacional de televisão, e o povo está precisando de gente assim, de homens que levem mais instrumentos de interação e educação social!

Não é de se espantar que milhares de crianças hoje em dia sonhem em ser jogador de futebol! Eles não são só reconhecidos como tal, esses super-heróis podem ser tudo, desde que a mídia venda a idéia e as pessoas comprem. Trabalhar hoje em dia é uma batalha, marcada pela visão não concentrada em qualidades genuínas ou construídas culturalmente, e sim no conhecimento entre pessoas importantes e poderosas, salvo grupo de milhares de brasileiros que ainda acreditam no próprio esforço para crescer, valorizando a consciência crítica e o conhecimento que adquiriram. 

Que ironia! O mesmo bom senso que faltou à algumas autoridades brasileiras para perceberem que, um detector de metais e uma segurança mais efetiva nas escolas poderiam ter evitado o massacre de Realengo, agora veio de uma forma exacerbada ao conseguirem compilar alguns motivos para homenagear Ronaldinho gaúcho na ABL. O futebol é arte, mas com certeza não alfabetiza os Brasileiros como Machado de Assis, Ariano Suassuna, Clarice Linspector, Paulo Coelho, é um representante legítimo do esporte, além de um canal de comunicação, que em sua prática particular morre aos versos, às prosas e às maravilhosas obras literárias de vários imortais, literalmente letrados. 

Tiririca, após sua eleição, proporcionou-nos muitas risadas, como mais um absurdo revelado, de acordo com a opinião do povo em sua grande maioria, mas o que importa? Ele não era palhaço? É de suma importância deixar bem claro que de forma alguma há uma intenção pejorativa ou discriminante contra clube ou jogador, dentro da temática crítica, apresentada neste texto, apenas se pretende invocar nos brasileiros, uma reflexão benéfica sobre as verdadeiras atribuições e atividades afins, viabilizadas pelas nossas instituições provedoras de cultura e do saber.

De absurdos executados por pessoas que detêm o poder, esse não será o último , entretanto é de nossa responsabilidade que nos mobilizemos contra ações que compartilham o sensacionalismo e não representam a vida real. Democraticamente, o povo brasileiro não vai deixar de rir em situações como esta, pois seria trágico se não fosse cômico, lecionar o mundo da bola para crianças e chutar para escanteio, valores, esforços de quem estuda no Brasil.